quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Aliança das Obras Gn 2.17; Rm 3.20-26; Rm 10.5-13; Gl 3.10-14; Rm 3.23


Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gn 2.17)

Quando Adão e Eva foram criados, entraram num relacionamento moral com Deus, seu Criador. Tinham a responsabilidade de obedecê-lo, sem nenhum direito inerente a recompensa ou bênção por tal obediência. Deus, entretanto, em seu amor, misericórdia e graça, voluntariamente entrou numa aliança com suas criaturas pela qual adicionou à sua lei uma promessa de bênção. Não se tratava de  uma aliança entre partes iguais, mas de uma aliança de descansava sobre iniciativa de Deus e sua autoridade divina.

A aliança original entre Deus e a humanidade foi uma aliança de obras. Nesta aliança, Deus exigiu obediência perfeita e total ao seu governo. Prometeu vida eterna com bênção pela obediência, mas ameaçou a humanidade com a morte, caso desobedecessem sua lei. Todos os seres humanos, de Adão até nós, no tempo presente, inevitavelmente são membros dessa aliança. As pessoas podem recusar-se a obedecer ou até mesmo recusar-se a reconhecer a existência  de tal aliança, mas nunca poderão escapar dela. Todo ser humanos se acha em relacionamento de aliança com Deus, seja como violador da aliança ou como guardador da aliança. A aliança das obras é a base da nossa necessidade de  redenção (porque nós a violamos) e nossa esperança de redenção (porque Cristo cumpriu seus termos por nós).

Um único pecado já é suficiente para violar a aliança das obras e nos tornar devedores que não podem pagar a própria dívida para com Deus. O fato de que ainda tenhamos esperança de redenção, mesmo depois de pecar, ainda que seja um único pecado, é devido à graça de Deus e somente à graça de Deus.

As recompensas que recebemos de Deus no céu também são atos de  graça. Representam Deus corando seus próprios dons de graça. Se Adão tivesse obedecido a aliança divina das obras, ele teria alcançado o mérito que procede da virtude de cumprir os requisitos da aliança com Deus. Adão caiu em pecado e por isso Deus, em sua misericórdia, acrescentou uma nova aliança com base na graça pela qual a salvação tornou-se  possível e disponível.

Somente um ser humano conseguiu guardar a aliança das obras. Essa pessoa foi Jesus. Sua ação, como segundo ou novo Adão, satisfez todos os termos da nossa aliança original com Deus. Seu mérito em alcançar isso está disponível a quem puser sua confiança nele.

Jesus é a primeira pessoa a entrar no céu por suas boas obras. Nós também entramos no céu pelas boas obras - as boas obras de Jesus. Elas se tornam "nossas" boas obras quando nós recebemos Cristo pela fé. Quando depositamos nossa fé em Cristo, Deus credita as boas obras dele em nossa conta. A aliança da graça cumpre a aliança das obras porque Deus graciosamente aplica o mérito de Cristo em nossa conta. Desta maneira, pela graça satisfazemos os  termos estabelecidos na aliança das obras.

Sumário

1.Deus entrou numa aliança de obras com Adão e Eva.

2. Todo ser humanos está inevitavelmente envolvido na aliança divina das obras.

3. Todo ser humano é violador da aliança das obras.

4. Jesus cumpriu a aliança das obras.

5. A aliança da graça nos proporciona os méritos de Cristo, pelos quais os termos da aliança das obras são satisfeitos.

Autor:  R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este livro em http://www.cep.org.br 

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