I. O Propósito do Sistema Internacional de Direitos Humanos
O sistema inteiro das leis de direitos humanos se baseia no fato de que
cada ser humano tem direitos inalienáveis por causa de sua dignidade
intrínseca. Esses direitos existem porque cada ser humano foi criado conforme a
imagem de Deus. A origem dos direitos humanos não está nos governos nem nas
organizações internacionais, mas nas leis de Deus.
Em reação às atrocidades que o governo nazista cometeu, países de comum
acordo criaram um sistema para proteger os direitos humanos fundamentais. O
principal alicerce desse sistema é a Declaração Universal dos Direitos Humanos
que, de acordo com René Cassin (um de seus principais autores), se baseou nos
Dez Mandamentos da Bíblia.
Hoje, a Declaração é o ponto de referência mais importante quando se
debate maneiras de colocar ordem num mundo interdependente cada vez mais cheio
de conflitos.
Conforme diz o Artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
·
Os homens e as mulheres de plena idade,
sem nenhuma limitação devido à raça, nacionalidade ou religião, têm o direito
de se casar e estabelecer uma família.
· A família é a unidade fundamental da
sociedade e tem o direito à proteção da sociedade e do Estado.
Conforme o Artigo 18:
· Todos têm o direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião…
Infelizmente, em nossa época os direitos fundamentais que a Declaração
Universal expressa estão sob constante ataque de grupos que estão tentando
destruir a proteção da família e a liberdade religiosa. Esses grupos estão promovendo
a aceitação de vários conceitos pervertidos, inclusive o homossexualismo como
um direito humano reconhecido no mundo inteiro.
Referindo-se aos principais autores da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, Habib C. Malik escreveu:
“Um dos fenômenos mais preocupantes
que está avançando hoje pode ser descrito como o seqüestro sistemático dos
direitos humanos para servir a interesses especiais e promover agendas
duvidosas de natureza política e, de modo geral, secular”.
II. O Sistema de Direitos Humanos em Todo o Continente Americano
A maioria esmagadora das leis da América Latina também reconhece a
proteção da família e a liberdade religiosa como direitos fundamentais.
De acordo com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem:
“Considerando que a conduta moral
constitui o nobre florescimento da cultura, é dever de todo homem sempre
mantê-la em elevado respeito”.
(Preâmbulo.)
“Toda pessoa tem o direito de
expressar livremente uma fé religiosa e manifestá-la e praticá-la em público e
em particular”. (Artigo III.)
“Toda pessoa tem o direito de
estabelecer uma família, o elemento básico da sociedade e assim receber
proteção”. (Artigo VI.)
Conforme a Convenção Americana dos Direitos Humanos:
“Todos têm o direito à liberdade de
consciência e de religião. Esse direito inclui a liberdade de manter ou mudar
de religião ou crenças, e a liberdade de professar ou disseminar a própria
religião ou crenças, individualmente ou junto com outros, em público ou em
particular”. (Artigo 12.1.)
“A família é a unidade natural e
fundamental da sociedade e tem o direito à proteção da sociedade e do Estado”. (Artigo 17.1.)
Muito embora na Europa a família e os valores cristãos tenham cada vez
menos proteção contra a hostilidade dos ativistas pró-homossexualismo, na
América Latina a família e os valores cristãos sempre tiveram direito a uma
proteção acima dos grupos de interesses especiais. Por vários anos, parecia que
o avanço da ideologia gay no sistema legal era um problema que afetava exclusivamente
os Estados Unidos, o Canadá e as nações da Europa, onde os militantes gays
desafiam todas as leis que não favorecem seu modo de vida. No entanto, talvez
por causa da globalização cultural geral, agora as leis e a cultura dos países
da América Latina estão também sob constante ataque dos mesmos grupos que estão
avançando na Europa e na América do Norte. Esses grupos estão tentando impor o
homossexualismo como um direito humano e corromper o significado da proteção da
família e a liberdade religiosa.
III. A Subversão dos Direitos Humanos Internacionais
Para entender as campanhas atuais para promover a conduta homossexual
como direito humano e destruir a proteção da família e a liberdade religiosa, é
importante saber que os ativistas pró-homossexualismo abordam as questões
legais com uma visão distorcida da realidade.
Como conseqüência de sua perspectiva distorcida e devido à crescente
influência da ideologia gay e feminista, há uma tendência de manipular o
significado objetivo dos direitos humanos, colocando até mesmo o ato médico de
provocar aborto e a prática do homossexualismo como questão de direito humano
fundamental! Na verdade, essas ações são ataques diretos contra o conceito de
direitos humanos. Se tiverem êxito, essas distorções levarão a uma deturpação
do sentido dos direitos humanos.
IV. A Questão da Orientação Sexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU
No mundo pós-moderno em que estamos, a manipulação das palavras é
constante, mesmo na ONU, onde nem tudo é como parece ser. Para os ativistas que
estão sempre criando um “novo” significado para
certos termos, “interrupção voluntária da gravidez” quer dizer fazer aborto, “saúde reprodutiva” ou “direito reprodutivo” e “saúde sexual” ou “direito sexual”
incluem o controle da natalidade e o aborto médico (inclusive para
adolescentes), “orientação sexual”
significa a homossexualidade, “gênero” inclui o homossexualismo e outras anormalidades
sexuais e o conceito de “família”
abrange “famílias” de
variados tipos, inclusive homossexuais. Assim, esses e outros termos
aparentemente inocentes usados em documentos da ONU e de muitas ONGs
(organizações não-governamentais) trazem significados disfarçados que abrem
espaço para interpretações e aplicações nada inocentes.
Um dos exemplos mais importantes da influência dos ativistas
pró-homossexualismo em seus esforços para alterar o modo como entendemos a
questão dos direitos humanos pode ser visto no empenho de alguns países membros
da Comissão de Direitos Humanos da ONU (CDHONU) para aprovar uma resolução que
reconhece a “orientação sexual” (ou
homossexualidade) como direito humano.
Durante a reunião de abril de 2003 da CDHONU, o governo brasileiro (com
o apoio do Canadá e da União Européia) apresentou a Resolução sobre Direitos
Humanos e Orientação Sexual. Essa resolução reconhece a conduta homossexual
como direito humano. Obviamente, o Brasil, o Canadá e a União Européia sabiam
que a grande maioria da opinião pública internacional é contra a atitude de dar
direitos especiais para indivíduos que praticam o homossexualismo, pois a maior
parte das nações não deseja ajudar a facilitar o casamento homossexual e a
criação de leis de ação afirmativa. (No sistema de ação afirmativa, empregam-se
medidas sociais e legais para favorecer indivíduos unicamente por causa de sua
condição de membro de uma minoria.) Portanto, a utilização astuta do termo “orientação sexual” no
documento brasileiro ocultou com todo o cuidado a estratégia do Brasil, Canadá
e Europa de promover esses direitos especiais para o homossexualismo.
A resolução foi uma surpresa para o Congresso Nacional em Brasília, que
só veio a tomar conhecimento algum tempo depois que a delegação brasileira na
ONU já a havia apresentado. Foi também uma surpresa para os líderes
evangélicos, pois antes das eleições presidenciais Lula havia se comprometido,
em reunião com importantes pastores, a não deixar que seu governo promovesse
questões ligadas ao aborto e ao homossexualismo.[1] Apesar disso, a delegação
brasileira na ONU, que representa os interesses e opiniões do governo
brasileiro, tem defendido exatamente essas questões, sob a linguagem
cuidadosamente disfarçada de “direitos
reprodutivos” e “orientação sexual”.[2]
O deputado federal Dr. Elimar Damasceno solicitou diretamente do
governo federal explicação sobre a resolução brasileira na ONU, afirmando que “trata-se de um tema sobre o qual não há legislação
aprovada no País, não havendo consenso em nossa sociedade visto suas
implicações religiosas e culturais”.[3] O Ministério das Relações
Exteriores em Brasília rebateu:
…em resposta à última pergunta sobre “quem
autorizou aos representantes para apresentar o Projeto de Resolução mencionado”, cabe assinalar que, além de a Constituição Federal
de 1988 dispor, em seu artigo 3º, inciso IV, que constitui objetivo fundamental
do Estado brasileiro “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, e em seu artigo 4º orientar para que as relações
internacionais do Brasil sejam regidas, entre vários princípios norteadores,
pela “prevalência dos direitos humanos”, a política do Brasil em matéria de direitos
humanos é explicitamente favorável à promoção e proteção dos direitos
das minorias. (O texto em negrito foi salientado pelo editor.)[4]
Então, na visão do governo brasileiro, os praticantes do
homossexualismo são uma minoria “desprotegida”. Conforme declara a resolução brasileira:
…os direitos humanos e as liberdades
fundamentais são inatos de todo ser humano, que a natureza universal desses
direitos e liberdades está acima de qualquer dúvida e que a satisfação de tais
direitos e liberdades não deve ser obstruída de forma alguma com base na
orientação sexual.
Na verdade, o reconhecimento da orientação sexual como direito humano
demolirá a natureza universal dos direitos humanos. Se a orientação sexual
(homossexualidade) for reconhecida como direito humano, as leis que protegem a
família em todos os países sofrerão uma séria agressão e precisarão ser mudadas
a fim de que os praticantes do homossexualismo possam ter o direito de se
casar, adotar crianças, se alistar no serviço militar e gozar a proteção de
leis de ação afirmativa, entre muitos outros privilégios. Se o modo de vida gay
receber proteção como questão de direito humano, então o significado universal da
família desaparecerá. Tal aceitação do homossexualismo violará os direitos da
família e o significado legal do casamento da maioria esmagadora das pessoas no
mundo inteiro. Se direitos humanos forem reconhecidos com base na conduta
sexual dos indivíduos que praticam os atos homossexuais, então por que deixar
de fora os pedófilos e outros pervertidos? Esse tipo de abordagem, extremamente
subjetiva, abate a essência dos direitos humanos. O homossexualismo não é um
direito humano, nem é uma necessidade humana, mas apenas um desejo de se
conduzir e viver contra a natureza, e tais desejos e condutas não podem receber
privilégios e proteção legal.
A resolução do governo brasileiro também diz: “Chama a todos os Estados para promoverem e protegerem
os direitos humanos, independente da orientação sexual”. Essa ação será uma ameaça séria à liberdade
religiosa, um direito humano fundamental universalmente reconhecido. O
Cristianismo e outras grandes religiões mundiais consideram a conduta
homossexual uma violação das leis de Deus. Assim, se a resolução for aprovada
na reunião da CDHONU de 2004, o direito à liberdade religiosa será colocado em
perigo e milhões de cristãos no mundo inteiro poderão sofrer perseguição apenar
por expressar suas convicções sobre a conduta homossexual e por citar trechos
da Bíblia que condenam os atos sexuais de homens que se relacionam com homens.
Mesmo sem a aprovação da resolução, já é praticamente impossível tratar do
problema da propagação da conduta homossexual sem sofrer, principalmente por
parte da imprensa liberal, acusações de homofobia (um termo inventado para
desanimar os que querem debater o problema com seriedade), intolerância e
extremismo religioso. No entanto, a promoção da conduta gay, principalmente
entre os homens, inevitavelmente promove a propagação de doenças atrozes.[5]
A resolução também declara: “Note-se
a atenção dada à violação dos direitos humanos na base da orientação sexual,
por procedimentos especiais nos relatórios da Comissão de Direitos Humanos, bem
como no monitoramento a ser feito, e encoraja a CDHONU a dar uma merecida
atenção à matéria”.
A Comissão de Direitos Humanos da ONU não foi criada para apoiar os
desejos e condutas sexuais anormais de grupos de interesses especiais que
promovem o homossexualismo e não deveria gastar seu tempo implementando normas
que vão contra a liberdade religiosa e ameaçam a proteção da família natural da
maioria esmagadora das pessoas ao redor do mundo.
V. Brasil, Canadá e União Européia: Principais Promotores da Questão Homossexual na Comissão de Direitos Humanos da ONU
Não é surpresa para ninguém o fato de que entre os membros
da CDHONU que patrocinaram a resolução estão a Alemanha, Áustria, Bélgica,
Canadá, França, Irlanda, Liechtenstein, Grã-Bretanha e Suécia. Os outros países
não membros da Comissão que patrocinaram a resolução foram Dinamarca,
Finlândia, Grécia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal e República
Tcheca. Em contraste, nenhum país da América Latina a patrocinou. Aliás, os
países latino-americanos que haviam escolhido não votar mudaram de posição e
prometeram votar contra a resolução logo que perceberam tudo o que está em
jogo. O maior patrocinador da resolução brasileira foi o governo canadense, que
vem adotando uma posição radical favorecendo o homossexualismo em seu próprio
país. Em 2003 os tribunais canadenses decidiram conceder a condição legal de
casamento às uniões homossexuais.
O Canadá e os países da Europa sistematicamente promovem
planos e políticas que são contrários aos valores legais, históricos e morais
da América Latina. A promoção do aborto e direitos especiais para indivíduos
que praticam o homossexualismo é parte desses planos e políticas. O que é
realmente de surpreender é a posição do governo brasileiro, o principal
defensor dos “direitos” homossexuais na Comissão de
Direitos Humanos da ONU. O novo governo socialista do Brasil está imitando o
radicalismo pró-homossexualismo da Europa e tal radicalismo desrespeita as leis
e a cultura da maioria das nações da América Latina.
É muito difícil de entender como um país grande como o
Brasil, com sua imensa população católica e evangélica, está liderando, como
prioridade de sua política externa, a invenção de direitos especiais para
indivíduos que praticam o homossexualismo. Muito embora os outros países da
América Latina pudessem ver a posição pró-homossexualismo do governo brasileiro
como uma maneira totalmente inovadora de tratar as questões de direitos
humanos, essa posição, além de não ser nova, não teve origem em nenhum país da
América Latina. Há vários anos os países moralmente decadentes da Europa
Ocidental têm, sob a (o)pressão dos ativistas pró-homossexualismo, promovido
tais idéias e eles sempre buscaram influenciar os países menos desenvolvidos. O
atual governo brasileiro tem demonstrado sua disposição de seguir e se adaptar
a essas influências.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar
seu governo petista como um governo socialista que favorece os interesses das
nações menos desenvolvidas e não aceita a influência da Europa e dos EUA.
Apesar disso, não consegue deixar de imitá-los. Propôs sua resolução de
orientação sexual na ONU e, no próprio País, seus camaradas petistas vêm
adotando várias ações “inovadoras”: têm facilitado a introdução de
leis pró-homossexualismo e defendem vigorosamente políticas de ação afirmativa
com base em preferências raciais para as minorias. Assim, pela primeira vez a
sociedade brasileira vê um presidente agindo de um modo político totalmente
novo. Contudo, suas ações não são realmente novas nem tiveram origem no próprio
Brasil. Devido à (o)pressão de grupos de interesses especiais, as sociedades
americanas e européias conhecem há muitos anos tais experiências políticas. O que
é interessante é que na questão racial os defensores de ações afirmativas na
Europa, no Canadá e nos EUA são rápidos para indicar e condenar a escravidão
dos brancos contra os negros no passado e explorar tal situação para sua
extrema vantagem política, mas o que é estranho é que eles são igualmente
rápidos para negligenciar, desculpar ou ocultar a atual e passada escravidão
violenta dos negros contra os negros nas próprias nações da África, inclusive o
atual Sudão. Portanto, a noção de ação afirmativa, conforme foi inventada pelos
grupos de interesses especiais nos países desenvolvidos e conforme é imitada em
países como o Brasil, é uma forma de opressão ideológica que acabará levando a
outras formas de opressão, inclusive dos ativistas pró-homossexualismo.
O próprio governo do Brasil, que costuma ver os praticantes
do homossexualismo como minoria desprotegida, reconhece que se uma minoria
recebe direitos especiais, todas as outras minorias também devem receber. Em
sua defesa da resolução pró-homossexualismo do governo na ONU, o Ministro
Samuel Guimarães, do Ministério das Relações Exteriores, declarou: “O objetivo principal do projeto,
portanto, é afirmar o princípio da não-discriminação — pedra fundamental da
arquitetura da promoção e proteção dos direitos humanos desde a origem do
sistema das Nações Unidas — em relação a grupos discriminados mundialmente em
razão da orientação sexual. Essa posição se funda na idéia de que avanços na
área dos direitos humanos que beneficiem uma minoria discriminada representam
ganho para outros grupos que sofrem discriminação e para toda a espécie, na
medida em que se trata de um exercício de tolerância e respeito que promove os
direitos humanos em seu conjunto”.[6] (O
texto em negrito foi salientado pelo editor.)
Ao defender a condição de direito humano para a conduta homossexual, o
Brasil está estimulando a redefinição do conceito de família, casamento e
liberdade religiosa. A linguagem de orientação sexual que o governo brasileiro
propôs na ONU será a ferramenta ideal para os ativistas pró-homossexualismo
poderem promover internacionalmente o casamento gay e um conceito relativo de
família que inclui homossexuais, transexuais e bissexuais formando uniões e adotando
crianças. Se a conduta homossexual for favorecida com tal proteção, a família
natural se tornará mais vulnerável e menos protegida contra as ações de grupos
de interesses especiais, inclusive os ativistas pró-homossexualismo. Todos eles
querem provocar o enfraquecimento e a ruína da família natural. Portanto, a
resolução brasileira é um ataque direto contra as igrejas evangélicas e
católicas e seu direito à liberdade religiosa. De acordo com essas religiões, a
conduta homossexual é pecado e o casamento é válido e legítimo somente entre um
homem e uma mulher.
O consenso da América Latina é a favor da liberdade religiosa. O
consenso da maioria da população brasileira, que é católica e evangélica, é
contra direitos e privilégios para a conduta gay ou qualquer outro
comportamento errado. Por isso, o governo brasileiro deveria respeitar tal
consenso e parar de defender os valores pervertidos da Europa e do Canadá. O
Brasil deveria também renunciar à sua resolução pró-homossexualismo por seu
desrespeito às leis e cultura da América Latina. É hora de se levantar a favor
dos valores latino-americanos e parar de seguir as políticas neo-culturais,
pró-homossexualismo e imperialistas da Europa Ocidental. Não deveríamos deixar
que os ativistas pró-homossexualismo tenham êxito em seus esforços para recriar
o conceito de “família” e “liberdade religiosa”
conforme a sua imagem distorcida da realidade.
VI. A Influência das Resoluções da
ONU nas Leis de Cada País
Se a Comissão de Direitos Humanos aprovar a resolução brasileira
em sua reunião de março e abril de 2004, então as Nações Unidas e os países do
mundo serão obrigados a considerar a conduta homossexual um direito humano
fundamental.
Tal mudança dará liberdade para os defensores mundiais da
agenda gay defenderem o comportamento gay e exigirem o casamento homossexual, a
adoção de crianças e leis de ação afirmativa. Então os praticantes do
homossexualismo serão protegidos como um grupo oprimido, e a proteção à conduta
gay será reconhecida nas leis internacionais. As leis de cada país, inclusive
do Brasil, serão obrigadas a reconhecer a força das leis internacionais.
Se os diplomatas da Comissão de Direitos Humanos das Nações
Unidas apoiarem a resolução do governo brasileiro em sua promoção da linguagem
de “orientação sexual” nos documentos da ONU, então suas
ações poderão contribuir para que o “direito”
ao comportamento homossexual seja respeitado e aceito nas leis internacionais.
Thomas Jacobson, analista de políticas da ONU na ONG Focus on the Family, disse
que a resolução poderia não só ajudar a dar aceitação mundial ao
homossexualismo, mas também colocaria milhões de crianças em risco. “Isso levaria à promoção mundial da
pedofilia, pois nos documentos internacionais da ONU não há restrições de
idade, sexo ou casamento na questão dos direitos sexuais”.
VII. Uma Resposta Lógica
A grande maioria da opinião pública internacional
(principalmente na América Latina, Oriente Médio, África, Ásia e EUA) apóia a
posição de que a conduta homossexual não deve receber privilégios mediante a
condição de direitos humanos. Portanto, precisamos lembrar aos ativistas
pró-homossexualismo que de acordo com as leis da natureza e as leis da maioria
dos países, o casamento só é válido e legítimo entre homens e mulheres e que o comportamento
gay é um desejo e conduta anormal, não um direito ou necessidade humana normal.
Esse desejo e conduta levam muitos a uma vida de solidão, depressão, doenças e
a destruição das qualidades essenciais das relações sexuais humanas.
Um pequeno grupo de indivíduos radicais não deveria ter
espaço livre para recriar o mundo todo e suas leis conforme a sua imagem.
Pessoas no mundo inteiro deveriam responder às necessidades de indivíduos
oprimidos e escravizados pelos desejos e práticas homossexuais de um modo
compassivo, para ajudá-los a vencer seus vícios sexuais. Precisamos também
responder de maneira firme aos grupos extremistas que querem impor as políticas
gays na sociedade, pois a proteção dos direitos humanos fundamentais da
família, casamento e liberdade religiosa é infinitamente mais importante do que
proteger uma conduta sexual que é contra a natureza e uma séria ameaça contra o
bem-estar da família. Vale a pena lutar pela família. Vale a pena lutar pela
orientação sexual?
De acordo com o filósofo Richard Neuhaus:
Tendo fracassado na área política em
que democraticamente debatemos como devemos regular nossa vida na sociedade, o
movimento homossexual não tem escolha nenhuma, exceto investir suas esperanças
nos tribunais… organizações profissionais e burocracias do sistema de escolas
públicas. Nessas áreas suas vitórias têm sido grandes, e eles anseiam muito
mais. Em todas essas áreas, precisamos desafiar o movimento homossexual, com
calma, lógica e muita firmeza. O bem-estar de todos depende disso.
Os ativistas pró-homossexualismo estão realizando
importantes campanhas para alterar a linguagem dos direitos humanos e se
aproveitar da condição das minorias. Eles tentarão introduzir leis para
favorecer seu modo de vida com base nos conceitos de tolerância,
antidiscriminação e ação afirmativa, conceitos usados para favorecer as
minorias. Mas, diferente da maioria das pessoas que vêm de minorias, os gays
são de modo geral mais ricos e têm mais acesso ao poder político do que maioria
da população. Dan Garcia comenta:
Embora diferentes empresas de
marketing e pesquisa utilizem diferentes números para a população homossexual,
abrangendo do real 1 por cento aos inchados 10 por cento ou mais, as pesquisas
mostram que os homossexuais estão financeiramente bem ou melhor do que o resto
do país… Os homossexuais mostram poder político acima da maioria das pessoas,
apesar de constituírem apenas 1 por cento da população.
Os que acreditam na justiça objetiva têm a obrigação moral
de defender os conceitos de direitos humanos contra os grupos que estão
tentando perverter o significado da família, casamento e direitos. Conforme
comenta Richard Neuhaus:
Não há dúvida de que nos preocupamos
com a justiça. Justiça para as pessoas, principalmente os jovens apanhados pela
confusão sexual e atacados por dentro e por fora pelas pressões para se
entregarem a um modo de vida marcado pela compulsão, solidão, depressão e
doença. Justiça também pela integridade de nossa vida pública, que exige que a
verdade seja falada com sinceridade e os desacordos sejam debatidos com
cortesia. Finalmente, justiça para os milhões de mães, pais e crianças, que
precisam de todo o apoio que puderem conseguir para sustentar agora e
transmitir para o futuro a “tropinha” de amor e fidelidade que a família
foi criada para ser.
O objetivo da agenda gay é destruir a essência natural que
Deus deu à família e ao casamento. A luta pela justiça contra a imposição dessa
agenda através de termos pró-homossexualismo nos documentos nacionais e
internacionais não se baseia no preconceito, mas no conceito do amor e
compaixão cristã. Baseia-se também na responsabilidade de proteger a família
natural e a liberdade religiosa no mundo inteiro contra todos os tipos de
ataques, inclusive dos grupos que querem promover direitos especiais para a
conduta homossexual através de um Cavalo de Tróia intitulado “orientação sexual”.
OBS: Este artigo foi
baseado no documento original Why ''Sexual Orientation'' is
Not a Human Right, escrito
por Yuri Mantilla, a quem agradeço pela permissão especial de utilizar sua
preciosa pesquisa. Copyright
2004 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização
expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual,
publicado pela Editora Betânia. E-mail: juliosevero@hotmail.com
O QUE VOCÊ PODE FAZER?
Você pode assinar a petição online para impedir a aprovação
da resolução do Brasil. Para assinar a petição, visite este site:
Você pode também enviar e-mails e faxes para o presidente e
embaixadores. Informe-os, de modo cortês e claro, que você gostaria que o
governo brasileiro defendesse na ONU os direitos e os interesses da família,
não os dos ativistas pró-homossexualismo. A seguir apresento um modelo de
mensagem que você pode usar:
Prezado Sr. Presidente Lula (ou
Prezado Sr. Embaixador)
Estou triste com o fato de que o
governo brasileiro tenha apresentado na Comissão de Direitos Humanos da ONU a
Resolução sobre Direitos Humanos e Orientação Sexual, defendendo a questão
controvertida de “orientação sexual”. O consenso da maioria da população do
Brasil, que é católica e evangélica, é a favor da família em sua essência,
porém os ativistas gays demonstram forte agressão e oposição ao sentido natural
do casamento, que só é legítimo entre um homem e uma mulher. Eles também lutam
para que possam, como se fossem uma família normal, adotar crianças, pondo-as
assim piscologica, física e espiritualmente em risco.
Amo as pessoas que praticam os
atos homossexuais, mas não amo seus atos, não amo nenhuma violência contra elas
e também não desejo apoiar nenhuma política do nosso governo para favorecer o
homossexualismo.
Por favor, peço-lhe considerar o
consenso do nosso país, que é contra direitos especiais baseados exclusivamente
na conduta homossexual de um indivíduo. Peço-lhe renunciar à sua resolução na
ONU e votar contra toda e qualquer resolução semelhante defendendo “orientação sexual”.
Que Deus, em suas misericórdias, o
esclareça.
[Coloque aqui o seu nome.]
Para
onde você deve enviar suas mensagens:
Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
Gabinete do
Presidente
República
Federativa do Brasil
Palácio do
Planalto
Praça dos 3
Poderes — 70150-900 Brasília DF
E-mail:
pr@planalto.gov.br, protocolo@planalto.gov.br
Fax: 011-55-61-411-2222
Ministro
das Relações Exteriores Celso Amorim
Ministério
das Relações Exteriores
Palácio
Itamaraty — Esplanada dos Ministérios — Bloco H
70170-900
Brasília DF
E-mail:
celsoamorim@mre.gov.br
Telephone: (61) 411-6350 / 6351 / 6352 / 6353
Fax: (61) 322-6275, 55 61 411 6993
Representante
Permanente da ONU, Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa
Delegação
Permanente em Genebra
Delegation
du Bresil
Case
postale 165
Avenue
Louis Casaï 71 1216 Cointrin SUISSE
E-mail:
mission.brazil@itu.ch, mission.brazil@ties.itu.int
Telephone: (4122) 929 09 00
Fax: (4122) 788-2505/2506
Representante
Permanente da ONU, Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg
Brazil Permanent Mission to the UN, NY
747 3rd AVE 9TH FLOOR 10017-2803 New York NY USA
E-mail:
braun@delbrasonu.org, brazil@un.int
Telephone: (001212) 372-2600 / 832-6868
Fax: (1212) 963-4879, (1212) 371-5716/758-9242
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