1. Nossos primeiros pais seduzidos pela astúcia
e tentação de Satanás, pecaram ao comerem o fruto proibido. Segundo o seu sábio
e santo conselho, foi Deus servido permitir este pecado deles, havendo
determinado ordená-lo para a sua própria glória.
2. Por este pecado eles decaíram de sua retidão
original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e
inteiramente corrompidos em todas as faculdades e partes do corpo e da alma.
3. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o
delito de seus pecados foi imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado,
bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua
posteridade, que deles procede por geração comum.
4. Desta corrupção original, pela qual ficamos
totalmente indispostos, incapazes e adversos a todo o bem e inteiramente
inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais.
5. Esta corrupção da natureza persiste, durante
esta vida, naqueles que são regenerados; e embora seja ela perdoada e
mortificada por Cristo, todavia ela como os seus impulsos são real e
propriamente pecado.
6. Todo pecado, tanto original como atual, sendo
transgressão da justa lei de Deus e a ela contrário, torna culpado o pecador,
em sua própria natureza, e por essa culpa está sujeito à ira de Deus e à
maldição da lei, e, portanto, sujeito à morte, com todas as misérias espirituais,
temporais e eternas.
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