sexta-feira, 19 de julho de 2013

. A Suficiência do Testemunho das Escrituras

A Bíblia autentica-se a si mesma como o registro inspirado e inerrante da revelação de Deus. Deus ordenou que a sua palavra fosse escrita (Ex 17.14), sendo chamado este registro de “Livro do Senhor” (Is 34.16). Analisemos este ponto substanciando-o com alguns dos muitos textos bíblicos que fundamentam a nossa afirmação:  
A. Os Profetas  1) Os profetas são descritos como aqueles dos quais Deus fala (Ex 7.1; Dt 18.15,18; Jr 1.9; 7.1). O Profeta não criava nem adaptava a mensagem; a ele competia transmiti-la como havia recebido (Ex 4.30; Dt 4.2,5). O que se exige do Profeta é fidelidade.  
2)Os Profetas tinham consciência de que foram chamados por Deus (1 Sm 3; Is 6; Jr 1; Ez 1-3); receberam a mensagem da parte de Deus (Nm 23.5; Dt 18.18; Jr 1.9; 5.14), que era distinta dos seus próprios pensamentos (Nm 16.28; 24.13; 1 Rs 12.33; Ne 6.8). Os falsos profetas eram acusados justamente de proferirem as suas próprias palavras e não as de Deus (Jr 14.14; 23.16; 29.9; Ez 13.2,3,6).  
3) Quando os profetas se dirigiam ao povo, diziam: “Assim diz o Senhor...”, “Ouvi a Palavra do Senhor...”. “Veio a Palavra do Senhor” (Cf. Ez 31.1; Os 1.1; Jl 1.1; Am 1.3; 2.1; Ob 1.1; Mq 1.1; Jr 27.1; 30.1,4, etc.); isto indicava a certeza que tinham de que Deus lhes dera a mensagem e os enviara (Cf. Jr 20.7-9; Ez 3.4ss, 17,22; 37.1; Am 3.8; Jn 1.2).  
4) um fato importante a favor da sinceridade dos profetas de Deus, é que nem sempre eles entendiam a mensagem transmitida (Cf. Dn 12.8,9; Zc 1.9; 4.4; 1 Pe 1.10,11).  
B. Os apóstolos  Os escritores do Novo Testamento reconheciam ser o Antigo Testamento a Palavra de Deus (Hb 1.1; 3.7), sendo a “Escritura” um registro fiel da história e da vontade de Deus (Rm 4.3; 9.17; Gl 3.8; 4.30).
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Os Apóstolos falavam com a convicção de que estavam pregando e ensinado a Palavra inspirada de Deus, dirigidos pelo Espírito Santo (Vd. 1 Co 2.4-13; 7.10; 14.37; 2 Co 13.2,3; Gl 1.6-9; Cl 4.16; 1 Ts 2.13; 2 Ts 3.14)  Paulo e Pedro colocavam os Escritos do Novo testamento no mesmo nível do Antigo Testamento (Cf. 1 Tm 5.18 compara com Dt 25.4; Lc 10.7; 2 Pe 3.16).  Paulo reconheceu os apóstolos e os profetas, no mesmo nível, como os fundamentos da Igreja, edificados sobre Jesus Cristo, a pedra angular (Ef 2.20)  
C. Jesus Cristo  Jesus apela para o Antigo Testamento, considerando-o como a expressão fiel do Conselho de Deus, sendo a verdade final e decisória. Deus é o autor das Escrituras (Mt 4.4,7, 10; 11.10; 15.4; 19.4; 21.16,42; 22.29; Mt 105-9; 12.24; Lc 19.46; 24.25-27; 44-47; Jo 10.34).  
D. Afirmações diretas das Escrituras  O Novo Testamento declara enfaticamente que toda a Escritura, como Palavra de Deus, é inspirada, inerrante e infalível (Vd. Mt 5.18; Lc 16.17, 29, 31; Jo 10.35; At 1.16; 4.24-26; 28.25; Rm 15.4; 2 Tm 3.16; Hb 1.1,2; 3.7-11; 10.15-17; 2 Pe 1.20).  A Bíblia fornece argumentos racionais que demonstram a sua inspiração e inerrância, todavia, os homens só poderão ter esta convicção mediante o testemunho interno do Espírito Santo (Sal 119.118).² Os discípulos de Cristo, só entenderam as Escrituras, quando o próprio Jesus lhes abriu o entendimento (Lc 24.45). A Escritura autentica-se a si mesma e nós a recebemos pelo Espírito.³  
A Igreja sustenta a total rendição às reivindicações proféticas, apostólicas e do próprio Cristo. Diante de um testemunho tão evidente, como poderia eu descartá-lo e seguir as opiniões fantasiosas de homens? O cristão sincero deve aprender, pelo Espírito de Deus, a subordinar a sua inteligência à sabedoria de Deus revelada nas Escrituras e a guardar no coração a Palavra de Deus (Sl 119.11)

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