sábado, 6 de julho de 2013

O Louvor em nossa vida

Definição e o objeto
Louvar significa elogiar, exaltar, glorificar.
No louvor Deus é o objeto dos elogios, exaltação e glorificação.
"Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus
olhos têm visto." Dt 10:21
Somente a Ele nosso louvor deve ser dirigido, porque tudo que existe é resultado do Seu
ato criador. Somos dependentes dele para existir como também para continuar existindo
(Ap 4.11; Sl 95.1-7; At 17.25; 1 Cr 16.25).
Portanto, nosso louvor não deve ser prestado aos anjos, nem aos homens ou a qualquer
criatura, mas unicamente ao Deus Triuno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (Mt 4.10; Dt
6.4,13; 10.21; Êx 20.3)
Elementos do louvor
1. O ponto de partida do nosso louvor: O coração.
O coração é o centro de nossas emoções e sentimentos. Nele devemos sentir amor
profundo, um desejo de se entregar completamente a Deus (Pv 4.23; Jr 29.13; Mt 15.7-9).
2. O louvor deve ser uma adoração.
Adorar é sentir um amor profundo, uma vontade de estar junto, de dar atenção exclusiva e
entregar completamente nossa vida a Deus. Ao louvar ao Senhor nosso coração deve
estar nutrido destes sentimentos.
“...Adore o Senhor, o Seu Deus...” (Mt 4.10; Dt 6.13)
3. O louvor é individual
Partindo do coração, o louvor é individual. Ainda que esteja no meio de uma multidão, cada
pessoa dever compartilhar em seu coração a adoração.
4. Aprendendo de Sua Palavra como louvá-lo.
Aplicação pessoal e contínua no estudo da Palavra de Deus é essencial ao genuíno louvor
a Deus. Um ditado popular diz: “O que o olho não vê o coração não sente”. Quando
estudamos a Bíblia vemos as grandezas de Deus, Sua santidade e Sua vontade para
nossas vidas. Estas verdades fazem-nos sentir maior desejo de louvar a Deus e
aprendemos a forma correta de fazê-la.
O salmista reconhece que os louvores com retidão só podem acontecer quando aprendese
os justos juízos de Deus.
"Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos." (Sl
119:7)
5. Em Espírito e Verdade.
Jesus disse a mulher Samaritana: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que
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assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e
em verdade." (Jo 4:23,24)
Para adorar em espírito é necessário nascer de novo, nascer do Espírito (Jo 3.5-8), ser
uma nova pessoa em Cristo (2 Co 5.17; Gl 6.15). Assim, nosso louvor será aceito por
Deus quando partir de coração regenerado, de uma nova criatura em Cristo Jesus.
Para adorar em verdade é necessário conhecer o genuíno evangelho e o Caminho da
verdade que é Jesus (Jo 14.6). Sendo assim, se subentende que devemos aplicar-nos aos
estudos de Sua Palavra, procurando compreender Seu santo caráter, propósito,
mandamentos, etc. Como também trilhar naquele que é o Caminho da Verdade. O louvor e
o estudo da Sagradas Escrituras são inseparáveis.
Como louvar a Deus
Quando falamos de louvor pensamos instantaneamente em cânticos, hinos e louvores.
Porém estes fazem apenas parte da vida do crente que louva a Deus.
Com nossa vida
Paulo em sua carta aos “santos e fiéis em Cristo Jesus, que estão em Éfeso“ (Éf 1.1)
fala que Deus “em amor nos predestinou ... conforme o bom propósito da sua
vontade, para o louvor da sua gloriosa graça ... a fim de que nós ... sejamos para o
louvor da sua glória.” (Éf 1.4,6,11,12,14).
Não existe uma distinção entre aquele momento que estamos na igreja e o nosso dia
a dia. Todas as coisas que fazemos, em qualquer tempo ou lugar, devem ser para o
louvor da Sua glória. Em tudo o que fizermos em nossa vida, Deus pode ser
glorificado.
Paulo fala que quer seja nas simples coisas como comer e beber ou qualquer outra
atividade, deve ser feito para glória de Deus.
“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a
glória de Deus.” (1 Co 10.31)
Por isso em nosso dia a dia, devemos cativar nossos pensamentos a Jesus (1 Co 10.5)
pensando somente no que é bom (Fp 4.8). Se submeter aos nossos superiores (Rm 13.1-
2), agradecer a Deus pelo alimento preparado (Mt 6.11), exercer os frutos do Espírito
como amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio (Gl 5.22). Confessar diante das pessoas o nome de Jesus (Hb 13.15), cantar
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louvores, orar continuamente (1 Ts 5.17), confessar nossos pecados (1 Jo 1.8 a 2.1) e
estudar as Sagradas Escrituras (2 Tm 3.14-17).
Louvamos a Deus quando:
ı Dirigimos elogios sinceros a Ele;
ı Sentimos um amor profundo por Ele;
ı Pensamos Nele a todo tempo;
ı Cantamos louvor;
ı Confessamos nossa fé em Cristo Jesus;
ı Respeitamos ao próximo;
ı Submetemos e respeitamos nossas autoridades e superiores;
ı Não criticamos as pessoas ou as condenamos;
ı Não murmuramos nas dificuldades;
ı Agradecemos a Deus pelo alimento;
ı Expressamos sentimentos de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade,
fidelidade, mansidão com o próximo;
ı Fugimos de toda espécie de injustiça;
ı Ajudamos ao próximo em suas necessidades;
ı Exaltamos a Deus pela manifestação de Sua glória na criação;
ı Damos um testemunho de servos fieis ao Senhor;
ı Agradecemos a coisas que tem nos feito;
ı Exercemos os dons que nos tem dado;
ı Oramos;
ı Confessamos nossos pecados e arrependidos pedimos perdão em nome de Jesus
Cristo;
ı Dedicamos a leitura e estudo das Escrituras;
ı Fazemos Sua vontade;
ı Etc..
Em suma, os elogios dirigidos em palavras ou quando fazemos aquilo que é a
vontade de Deus, nutrido de um amor profundo, uma vontade de estar junto, de dar
atenção exclusiva e entregar completamente nossa vida a Deus. Sejam as pequenas
coisas ou as mais difíceis, nisso consiste o nosso louvor.
Música
A música é a forma mais popularmente conhecida de louvor a Deus - ressalta-se aqui
que ela faz apenas parte da vida do crente que louva.
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Os cultos do Antigo Testamento incluíam os cânticos. Alguns dos levitas foram
separados para música (1 Cr 15.14 a 22; 2 Cr 7.6). O livro de Salmos está repleto de
convites para cantar louvores ao Senhor Deus.
"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o
seu nome." (Sl 100:4 veja também Sl 92.1; 104.33)
No Novo Testamento os cânticos continuam fazendo parte dos cultos. Paulo incentiva
os cristãos de Colossos dizendo: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo;
instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl
3.16).
Os salmos podem se referir aos Salmos do Antigo Testamento (Lc 20.42; 24.44; At
1.20; 13.33) ou também a novas composições para o culto (At 16.25). Os hinos eram
especialmente usados numa celebração (Mc 14.26; Hb 2.12; veja também At 16.26),
enquanto os cânticos eram exaltações dos atos de Deus e por tudo quanto Ele é (Ap
5.9; 14.3; 15.3). A palavra espiritual qualifica os salmos, hinos e cânticos como sendo
inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo.
Paulo, em suas cartas, parece ter porções de louvores primitivos (Ef 5.14; Fp 2.6-11;
Cl 1.15-20; 1 Tm 3.16) e outros autores, como João e Pedro, fazem o mesmo (Jo 1.1-
14; Hb 1.3; 1 Pe 1.18-21; 2.21-25; 3.18-22).
Em Apocalipse encontramos muitos louvores dirigidos a Deus pelos anjos, e são
exemplos vibrantes para nossos cânticos (Ap 4.8,11; 5.9-10,12-13; 7.10,12; 11.15,17-
18; 12.10-12; 15.3-4; 19.1-8; 21.3-4).
O tema central de nossos louvores dever ser Deus em sua obra redentora através de
Cristo Jesus. Tudo o que Cristo tem feito a nós pela sua infinita graça deve levar-nos
a seguir a Jesus glorificando e louvando a Deus assim com fez o cego curado por
Jesus e o povo que o viu realizar o milagre.
"E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores
a Deus." (Lc 18:43)
Com o sofrimento
A nossa fé, amor e alegria experimentada nos sofrimentos são um louvor a Deus.
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"Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus
Cristo;" (1 Pe 1:7)
Um exemplo é Jó, que se manteve fiel mesmo sem entender o porque de seu
sofrimento. Mas Deus, através da fidelidade de Jó, foi louvado diante de Satanás que
não conseguiu fazê-lo renegar Seu Deus (Jo 1 a 2.3).
A fidelidade em tempos difíceis e a aceitação da vontade de Deus no sofrimento
ressoam como elogios, exaltação e glorifica a Deus.
Benefício
Quando louvamos a Deus experimentamos uma maravilhosa comunhão que nos trás
benefício como:
Cumprimos o propósito da vida
Por milhares de anos filósofos discutem e ponderam sobre o propósito da vida, ou
seja, para que estamos aqui?
Esta resposta só pode ser correta quando feita pelo próprio Criador. Felizmente o
Criador responde através de Sua Palavra:
"A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória,
os formei, e também os fiz." (Is 43:7 veja também Ef 1.11,12)
Quando louvamos a Deus o propósito para qual fomos criados é cumprido e assim
nossa alma se sacia preenchendo o vazio que antes havia em nós.
Renovamos as forças
Em momentos difíceis o louvor alivia a alma e renova as forças. Um exemplo é Jó
novamente, que sofreu e no momento mais difícil de sua vida palavras de louvor
saíram de sua boca:
"Ao ouvir isso, Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se,
rosto em terra, em adoração, e disse:"Saí nu do ventre da minha mãe,e nu partirei.O
Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor”." (Jó 1.20,21 NVI)
Outro exemplo é o alívio que Saul sentia quando Davi louvava a Deus na sua
presença, o espírito mau se retirava (1 Sm 16.23).
Paulo e Silas, quando presos no cárcere em Macedônia, estiveram com os pés
presos num tronco e suas costas estavam sendo açoitadas. Certamente suas costas
ardiam e seus pés doíam, no entanto louvavam a Deus com oração e hinos (At 16.22-
25).
Quando Louvamos a Deus, Ele ministra a nós e assim nossas forças minguantes são
renovas.
Alegria Mútua
No louvor alegramos a Deus (Is 62.4-5; Sf 3.17) e nos alegramos em Deus (Lc 24.52-
53; At 2.46-47; Sl 42:4; 100.2; Tg 5:13). O salmista nos ajuda a compreender como
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pode ser isto quando diz: “Então irei ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha
plena alegria” (Sl 43.4 nvi). Davi diz em seu salmo "Far-me-ás ver a vereda da vida;
na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias
perpetuamente." (Sl 16:11)
Sendo Deus a fonte de alegria, na sua presença há fartura de alegrias que contagia
todos os que louvam. Nosso Senhor habita nos louvores.
"Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel." (Sl 22:3)
Os males fogem
Um ditado popular diz “Quem canta os males espantas”. Isso acontece quando
louvamos a Deus, seja com nossa vida ou especificadamente pela música. Através do
louvor, Saul obteve alívio do mal-espírito (1 Sm 16.23). Paulo e Silas superaram suas
dores (At 16.22-26) e os inimigos de Israel, moabitas, edonitas e sírios, foram
derrotados.
"Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para
cantarem ao SENHOR e o louvarem pelo esplendor de sua santidade,
indo à frente do exército, cantando: “Dêem graças ao SENHOR, pois o
seu amor dura para sempre”. Quando começaram a cantar e a entoar
louvores, o SENHOR preparou emboscadas contra os homens de
Amom, de Moabe e dos montes de Seir, que estavam invadindo Judá, e
eles foram derrotados.." (2 Cr 20:21.22 NVI)
Evangelizamos
A vida da pessoa que louva a Deus testemunha a Jesus. As pessoas, vendo o
caráter de Cristo moldado em nós, são estimuladas a conhecer ao Senhor (At 1.8).
Os louvores em forma de músicas são muito eficientes na evangelização. Isto porque
a melodia amolece o coração, permitindo que a letra cantada penetre no coração. O
Senhor entra na casa de cada um, e com ele ceia (Ap 3.20).
"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em
casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a
Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o
Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." (At 2.46,47)
Ruídos em nosso louvor
O pecado é o ruído que desqualifica os louvores dirigidos a Deus. Através do profeta
Isaías, Ele disse à nação rebelde Israel: "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é
para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembléias;
não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene." (Is 1:13, veja também
Is 59.1-2).
No louvor em forma de música as desqualificações surgem quando se pensa apenas na
parte técnica e/ou motivada por orgulho, egocentrismo, jactância, ganância, desejo de ser
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reconhecido pelas pessoas, quando o foco deve ser o próprio Deus e assim são nutridas
por um coração que não deseja adorar a Deus.
Com o pecado enraizado em nossos corações nossos louvores não serão ouvidos por
Deus.
“Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria”
(Sl 66.18 NVI)
Acertando os ruídos
Não somos mais escravos do pecado desde que aceitamos Cristo Jesus. Porém, Ele ainda
se faz presente em nossas vidas. Devemos purificar-nos diariamente para que nosso
louvor seja agradável ao Senhor. João ensina como fazer:
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o
pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar
de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso,
e a sua palavra não está em nós." (1 Jo 1.7-10)
Confessar a Deus admitindo que erramos, reconhecer que Cristo morreu na cruz por
nossos pecados (1 Pe 2.24) e pedir perdão em nome de Jesus (1 Jo 1.9-2.2) é
essencial. Diariamente devemos fazer isto.
No que diz respeito ao louvor em forma de música, devemos sempre nos policiar se
estamos fazendo unicamente para Deus ou por outros motivos pecaminosos.
Somente o Senhor deve ser o motivo de nossos louvores, cânticos, hinos e corinhos.
Ele não divide o louvor e sua Glória com ninguém ( Is 42.8; Is 48.11).
Só o SENHOR é digno de louvor.
"Porque grande é o SENHOR, e digno de louvor, mais temível do que todos os
deuses." (Sl 96:4)
"Grande é o SENHOR, e muito digno de louvor, e a sua grandeza inexcrutável." (Sl
145:3)

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